segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Enquanto isso você durmia

Abriu os olhos e não conseguia entender o que estava acontecendo.
Pensava que podia ser uma surpresa,
Algo bom e gratificante.
No entanto, o susto do momento declarou-lhe um momento brusco e marcante.
O momento revelava-lhe algo inesperado e obscuro,
Uma realidade dura e triste.
O instante superava qualquer coisa antes vista.
Via-se com olhos grandes e curiosos a tristeza de anos.
Talvez, o que mais afetasse fosse saber,
Que a pessoa que até poucos meses amava intensamente,
Hoje, em seu descanso preguiçoso não movesse mais seus braços,
Tampouco para espreguiçar-se.
Que o antes recordista e atletismo não sentisse sua pernas
Mas corresse intensamente por uma trajetória sem fim ou volta.
O duro era saber,
que os olhos grandes e curioso,
Hoje demonstrassem apenas frieza e esquecimento.
Saber que o rosto corado, de sorriso esbelto,
Hoje demonstrava uma estranha palidez e seriedade.
Que as mãos calorosas e afagantes,
Demonstravam agora tamnaho gelo e indiferença.
Pensar que aqule que dizia: "Nunca desista sem tentar",
Agora calava-se num silêncio eterno.
O mais duro foi saber,
Que o que o havia mudado não era uma doença,
Não era uma paixão,
Não era tristeza ou tampouco solidão.
Difícil foi saber que ele havia desaparecido.
Sozinho, solto, perdido,
Adormecido eternamente.
Num sono que em despeito do destino
Jamais teria volta.
Dormente, não me escutava, não me via, não falava.
A única mágoa, talvez lembrança do momento que doía,
Era que o sol raiava,
O mar chorava, os pássaros cantavam,
O dia não parava, seguia normalmente.
Mas enquanto isso, você nada fez.
Nem podia.
Pois enquanto tudo rolava,
Em seu aposentos, mal acomodado,
Você simplesmente expirava.
Parecia apenas que entre as madeiras de teu alicerce
Você durmia.