terça-feira, 14 de abril de 2009

Dentro de mim há um inferno

Acima da minha cabeça há um céu,
Lindo puro e belo,
Mas abaixo de meus pés, e dentro de mim,
O inferno.
Um fogo que queima e arde com enxofre.
Misticismos, crenças, vidas...
Um mundo sem cores.
Um mundo só mundo, tão mundo quanto imundo.
Não há flores, nem choros, há silêncio.
Dentro de mim há um inferno, como em tantos outros poetas
De guerra, de fome, de vícios.
Um inferno de vidas, de mitos, mas sem cores.
Um lugar onde há luz e ecuridão,
Onde há medo e sofrimento,
Um inferno tão real quanto irreal,
De mortes, de vidas, de deuses.
Dentro de mim e ao meu redor, um inferno.
De pessoas, de crianças, de mares.
Tão cinzento quanto azul.
Um céu de inferno e um inferno de céu.
Sobre mim, há um céu,
De criaturas viventes, de dor e de ódio.
Um céu azul e acinzentado.
Há um céu de dor.
E o inferno que há dentro de mim é comum ao céu.
Não sou mais um poeta que vive de céu,
Mas um poeta que controla seu prório inferno,
De duvidas, de revolta, de mágoa.
Um inferno tão próprio quanto impróprio,
De vida, de morte e de amor.
Um inferno inteiro de sentimentos


Autor: Kelly de Souza do Nascimento